
Latir faz parte da natureza do cachorro. No entanto, quando isso acontece em excesso, pode virar um problema de convivência dentro de casa e até com vizinhos. Antes de mais nada, é fundamental entender por que o cão está latindo. Só assim, será possível encontrar soluções eficazes e duradouras.
Neste artigo, você vai aprender as principais causas do excesso de latidos e, além disso, como agir de forma prática e responsável.
Por que os cachorros latem?
O latido é a principal forma de comunicação dos cães. Eles latem para expressar emoções, avisar de algo estranho ou até pedir atenção. Contudo, o problema surge quando o tutor não consegue identificar a motivação e o cachorro acaba latindo de forma compulsiva.
Principais motivos:
Fatores de saúde: dor, desconforto ou até problemas auditivos podem gerar excesso de vocalização.
Alerta ou guarda: cães latem para avisar sobre pessoas ou animais próximos.
Tédio e falta de estímulo: cães sem atividade física ou mental acabam descontando no latido.
Ansiedade de separação: muitos latem quando ficam sozinhos, por insegurança ou estresse.
Busca por atenção: o cão aprende que, ao latir, o tutor olha ou reage.

Sinais de que o latido virou problema
- Acontece em qualquer situação, mesmo sem estímulo aparente.
- Dura muito tempo seguido.
- Incomoda vizinhos ou prejudica o descanso da família.
- Está associado a comportamentos destrutivos ou agitação extrema.
Portanto, esses sinais indicam que é hora de intervir.
Soluções práticas para reduzir os latidos
Não existe uma “receita mágica”. Na verdade, a solução depende da causa. Veja abaixo estratégias que realmente funcionam:
1. Aumente os estímulos físicos e mentais
- Caminhadas diárias (não apenas rápidas idas ao banheiro).
- Brinquedos interativos que liberam petiscos.
- Treinamento de obediência básica.
👉 Em resumo, cães cansados latem menos porque gastam energia de forma saudável.
2. Evite reforçar o comportamento
Se o cachorro late pedindo atenção e você dá carinho ou comida, ele entende que latir funciona. Por isso, o ideal é ignorar até que ele se acalme e só então recompensar o silêncio.
3. Crie uma rotina estável
Animais que sabem a hora de passear, brincar e descansar tendem a ficar menos ansiosos. Dessa forma, a previsibilidade ajuda a controlar a excitação.
4. Trabalhe a dessensibilização
Se o cão late sempre para barulhos externos ou campainha, é possível fazer treinos graduais. Assim, ele passa a associar esses estímulos a algo positivo, em vez de reagir com alarde.
5. Recorra à ajuda profissional quando necessário
Se o problema persistir, busque auxílio de um adestrador positivo ou médico veterinário comportamentalista. Em alguns casos, até o uso de feromônios sintéticos ou terapias alternativas pode ajudar.

O que nunca fazer
- Gritar ou bater: só aumenta a ansiedade e o medo.
- Usar coleira de choque ou enforcadores: práticas cruéis que não resolvem a causa.
- Punir o cão depois do latido: ele não entende e fica mais confuso.
Portanto, a educação baseada em reforço positivo é sempre a forma mais eficiente e humana de lidar com o comportamento.
Conclusão
Um cachorro que late muito não é “malcriado”, mas sim um cão tentando comunicar algo. Descobrir a causa, portanto, é o primeiro passo para resolver. Com paciência, rotina e estímulos adequados, a convivência melhora para todos.
💡 Dica extra para tutores iniciantes
Se você está enfrentando desafios com o comportamento do seu cão, saiba que conhecer as características de cada raça faz toda a diferença. Afinal, alguns cães são naturalmente mais agitados, enquanto outros são mais calmos. Por isso, entender isso desde o início evita muitas frustrações.

👉 Pensando nisso, criamos o eBook “Guia de raças para tutores iniciantes”, feito para ajudar você a escolher (ou compreender melhor) a raça ideal para o seu perfil de tutor. Um conteúdo direto, prático e sem enrolação, para que você tenha uma convivência muito mais harmoniosa com seu pet.
Perguntas frequentes sobre cachorro latindo muito
O latido é a principal forma de comunicação do cão. Ele pode latir para alertar sobre presença de estranhos, demonstrar ansiedade, buscar atenção, expressar tédio ou até sinalizar dor ou desconforto. Portanto, identificar a causa é essencial para solucionar o problema.
O excesso de latidos se caracteriza quando:
O cachorro late sem estímulo aparente.
Os latidos duram por muito tempo.
A vocalização incomoda vizinhos ou a própria família.
Está associada a comportamentos destrutivos ou agitação extrema.
Em resumo, esses sinais indicam que o latido já ultrapassou o limite do normal.
Algumas estratégias eficazes incluem:
Aumentar estímulos físicos e mentais (caminhadas, brinquedos interativos, treinos de obediência).
Evitar reforçar o comportamento, ignorando latidos por atenção e recompensando apenas o silêncio.
Criar uma rotina previsível para reduzir ansiedade.
Trabalhar a dessensibilização a estímulos que causam alarde.
Não. Gritar, bater ou usar coleiras de choque só aumentam a ansiedade e não resolvem a causa. A punição posterior também confunde o cão. A abordagem mais eficaz é sempre baseada em reforço positivo.
Se, mesmo aplicando técnicas de estímulo, rotina e dessensibilização, o latido persistir de forma intensa, é recomendado buscar um adestrador positivo ou um veterinário comportamentalista. Em alguns casos, feromônios sintéticos ou terapias alternativas podem ser indicados.
Não. O excesso de latidos geralmente indica que o cão está tentando comunicar algo ou está com alguma necessidade não atendida. Entender a causa é o primeiro passo para uma convivência harmoniosa.

